Volver
Azul por Amalia Munteanu Lenart.
Nas noites que minha saudade
Reviram os armários feito doida,
E meu desejo desaforado
Emerge do nada, meio engasgado,
Balbucio palavras sem nexo,
Rolo na cama a procura
De um faz de conta e sexo,
Queimo as cortinas de renda
Que tu me deste naquela
Tarde vermelha e celeste,
Espero que tu me entendas
Porque forcei tua porta
Abrindo fendas,
foi pra te fazer saber
o que deveras arde
ao cair de cada tarde,
Então sou febre ao anoitecer.
Maria Júlia Pontes
Nenhum comentário:
Postar um comentário