domingo, 26 de março de 2017

Chão

Catrin Welz-Stein .:

Estou cheia de duvidas,
mas tenho calma,
sigo sozinha nessa minha vida
deixo meus rastros por onde passo,
para que, um dia possa me encontrar de novo.
Eu deixo estrelas pelo chão,
pra que seu caminho, quando vier,
não seja escuro nem confuso.
Eu ando tão confusa,
cheia de duvidas!
Que dia vou ver o sol nascer de novo?
Qual era mesmo a sua melhor risada?
Quando foi que eu me perdi de mim mesma?
Quem de nós deixou de falar a mesma lingua?
Por que seu sono é tão profundo?
Eu sou um ser em constante evolução,
e volta e meia, volto atras,
retrocesso de mim mesma,
me perco no passado, e não consigo achar meu futuro.
Sou uma borboleta que me transformo em lagarta.
Meus passos são lentos e o peso
do passado me puxa pra traz
quando consigo avançar dois passos.
Eu me prendo, me amarro, me acorrento,
por que não quero essa liberdade,
quero ser prisão, gaiola, morada!
Eu carrego minha casa,
Vem morar comigo?

(Nanda Assis)

Um comentário:

Lucia disse...

eu ia, se me permitisse.