domingo, 24 de fevereiro de 2013

Corte




 As vezes confundimos sentimentos.
A carência é nossa maior vilã,
ela nos joga no colo do primeiro
que aparece, e qndo sai de nós,
ficamos sem saber como levar
aquilo a diante.
Criamos nós no lugar de laços,
e nos prendemos em lugares
que não nos fazem bem.
Magoamos pessoas inocentes,
quebramos corações de vidro
e nos cortamos. A dor é inevitável.
Seguimos por outros caminhos,
como alguém que esta perdido
com o mapa na mão.
Invadimos casas e casais,
pedimos café em bares vazios
tentando preencher os lugares sem espaço.
Aprendemos a fumar, a  beber,
e a dizer palavras bonitas pra
pessoas surdas.
Tentar fugir das  coisas, parece divertido
até o momento em que ficamos a sós
com nosso próprio travesseiro.
é ali que  tudo faz sentido,
é ali que entendemos que
nem tudo que está em nós,
pode um dia ter sido nosso.
A carência é um  doença crônica
que podemos mante-la sob controle
mas jamais descobriremos a sua cura.

 (Nanda Assis)

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